Conass afirma ter enviado comunicado às pastas de Economia e Saúde, mas não teve resposta
O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) levou novo alerta ao STF (Supremo Tribunal Federal) na sexta-feira (14) para manifestar a preocupação de que o piso nacional da enfermagem venha a causar uma avalanche nos gastos públicos e afetar o SUS, com a demissão em massa de funcionários.
Segundo o Conass, o impacto dos aumentos salariais é financeiramente insuportável pelos estados. Com base em dados de dezembro de 2021, o custo total projetado com os quase 800 mil funcionários da categoria nos estados e municípios é de R$ 54 bilhões.
O conselho afirma que a situação de caixa tem ficado “sistematicamente mais agravada” com o impacto provocado pela alteração de tributações em ramos como energia elétrica e combustíveis, que reduz a arrecadação dos estados. O impacto pode chegar a R$ 30 bilhões por ano, para saúde e educação, diz o Conass.
Os hospitais terão de escolher entre remunerar seus funcionários ou promover melhorias tecnológicas e de instalação para atender a população, ainda segundo o conselho.
O Conass diz que também enviou comunicado aos ministérios da Economia e da Saúde solicitando informações sobre o lastro orçamentário para o pagamento dos salários, mas não obteve resposta.
O piso salarial da enfermagem foi aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Bolsonaro em agosto. A regra foi suspensa no STF enquanto se discutem as fontes de custeio.
Fonte: Folha de S. Paulo – 16/10/2022
Por Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
Conteúdo publicado originalmente pela Folha de S. Paulo
(https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2022/10/secretarios-estaduais-dizem-que-piso-da-enfermagem-e-insuportavel-para-as-financas.shtml#:~:text=Segundo%20o%20Conass%2C%20o%20impacto,%C3%A9%20de%20R%24%
2054%20bilh%C3%B5es.)
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