Fonte: Folha de S. Paulo – 26/11/2015
Por Maria Cristina Frias
O consumo nacional de produtos e equipamentos médicos caiu 4,4% no acumulado deste ano até setembro.
O número, levantado pela Abiis (Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde), considera a produção nacional mais as importações e exclui as exportações.
A queda na demanda foi puxada pelo recuo dos importados, que chegou a 9,23% no período analisado.
“Percebemos um impacto grande da desvalorização do real, que encareceu [as mercadorias]”, diz o presidente da entidade, Carlos Gouvêa.
“A maioria dos nossos produtos são adquiridos pelo setor público, que acaba congelando as licitações. Outros compradores são os hospitais. Como a tabela dos serviços deles são, muitas vezes, pré-fixadas pelas operadoras de saúde, o câmbio é uma barreira grande [para importar].”
A produção nacional, no entanto, continua com resultados positivos. Considerando equipamentos médicos, odontológicos e ópticos, a alta foi de 5,1% entre janeiro e setembro em relação ao mesmo período de 2014.
“O dado não é ruim, mas a projeção feita no início do ano era de 12%. O país tem um potencial muito grande para crescer nesse setor”, diz José Márcio Cerqueira, diretor-executivo da Abiis.
A entidade reúne três associações da área de saúde.
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