Fonte: Jornal da Globo – 15/11/2016
Crise e desemprego são principais responsáveis por esse aumento.
Em 12 meses, 1,4 milhão de pessoas deixaram de ter convênio médico.
Um aspecto preocupante da crise é o crescente número de brasileiros que perdem os planos de saúde particulares. Nos últimos 12 meses 1,4 milhão de pessoas deixaram de ter plano de saúde no país.
Todas as pessoas que ficaram sem plano de saúde continuam precisando de atendimento médico e muita gente está procurando o SUS. Com a demora para marcação de consulta e exames no Sistema Único de Saúde, o número de atendimento em clínicas particulares com preços acessíveis só cresce.
Uma dessas clínicas começou o ano com 10 unidades e vai terminar 2016 com 28. O crescimento vem dessa demanda extra produzida pela crise. “Em janeiro nos atendíamos 20 mil pacientes por mês, em outubro fechamos o mês com 80 mil pacientes atendidos”, revela Mércia Moraes, diretora de operações do Dr. Consulta.
Negócios como esses podem até absorver momentaneamente a demanda básica de saúde, mas especialistas alertas que os procedimentos mais complexos e mais caros vão acabar sendo cobrados dos cofres públicos. “Essas clínicas, pelo próprio modelo de negócio, não vão conseguir suprir essa demanda, então esses usuários vão acabar caindo no SUS. Os prestadores de serviço da área pública vão precisar de mais recursos ou vão precisar se gerenciar melhor, se gerir melhor, para tentar atender a todo mundo”, afirma Libânia Paes, professora de gestão em saúde da FGV.
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